Genro mata sogra após ela pedir dinheiro para cuidar da neta autista em Manaus

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Foto: Divulgação
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O mototaxista Amarildo Maia de Araújo Júnior, de 34 anos, foi preso por assassinar a sogra Maria Leila Mata de Freitas, de 53 anos, na quinta-feira (30). A mulher foi encontrada morta dentro de um tambor de plástico em um matagal, nas proximidades da avenida Gisele, bairro Distrito Industrial 2, Zona Sul de Manaus.

De acordo com a delegada Déborah Barreiros, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), tudo iniciou com um pedido de dinheiro da sogra ao genro para ela cuidar da neta.

“Dona Leila era uma senhora de 53 anos, que desapareceu na quarta-feira, ela saiu de casa dizendo que estava indo ao encontro do genro e da neta deles, quando chegou até o local, conversou com o suspeito perguntando se ele tinha um dinheiro para emprestar para ela, que ficaria com a criança para que ele fosse trabalhar”
informou a delegada.

A delegada informou que o suspeito declarou à polícia, que após sair de casa e refletir, ficou com o sentimento de revolta, por a avó cobrar para cuidar do própria neta.

“Ele saiu de casa e nos disse que depois bateu uma revolta nele uma vez que ele acredita que uma avó não deveria cobrar para cuidar de uma criança, até porque ela cuidava dos outros netos. E no entender dele, ela fazia uma diferença com a sua filha, porque ela é autista. Ele dizia que todas as vezes, que ela iria ficar com essa criança, pedia algum dinheiro.”

“Durante o trabalho, ele se sentiu muito revoltado, retornou à casa, surpreendeu essa senhora que estaria assistindo televisão, deu uma gravata nela, asfixiou. Ela morreu ali naquele mesmo momento, não teve como se defender, sequer sabia que seu genro estava se aproximando”

Após o crime, a delegada contou que o suspeito teve a ideia de colocar essa senhora em um camburão de água, que ficava dentro do banheiro da casa, da residência da família.

“A filha dessa senhora chegou no trabalho perguntando pela mãe, ele já começou a dizer que não sabia do paradeiro da sogra. Os outros familiares também foram indagá-lo, porque não era comum que ela demorasse tanto a retornar à casa, uma vez que todos moravam próximos, na mesma rua, praticamente. E ele, inclusive, ajudou a família a sair em busca da sogra”, disse a delegada.

Maria Leila ficou no tonel de água, até o dia amanhecer, quando os familiares saíssem para trabalhar e ir até a delegacia comunicar o desaparecimento dela. Nesse momento, o genro encheu o camburão de entulho, pedra, resto de obra e chamou um frete, que tinha nas proximidades para fazer o transporte até um terreno no Distrito Industrial 2.

“Ele disse que eles nunca tiveram um relacionamento muito bom, porque a sogra não gostava dele, achava que ele era usuário de droga, que ele não acrescentava em nada pela família, então já existia ali uma rusga entre eles, como sogra e genro.”

Amarildo Maia de Araújo Júnior foi preso por medita preventiva e responderá por feminicídio e ocultação de cadáver. Ele pode pegar pelo menos mais de 30 anos de prisão, após fim das investigações.

Por Em Tempo

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