Instituto com nome de jornalista assassinado na Amazônia é inaugurado

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Divulgação/Mariana Vilhena
Divulgação/Mariana Vilhena

Instituto Dom Phillips foi inaugurado nesse domingo (2/5) no Vale do Javari, no Amazonas. O objetivo da instituição é levar adiante o legado do jornalista britânico nos trabalhos na Amazônia. Dom foi assassinado ao lado do indigenista Bruno Pereira, em junho de 2022.

A organização não-governamental (ONG) busca, por meio da educação, conscientizar as pessoas sobre a importância da proteção da floresta amazônica e os povos originários.

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Alessandra Sampaio, viúva do jornalista britânico Dom Phillips — Divulgação/Mariana Vilhena

O Instituto Dom Phillips é liderado pela viúva do jornalista britânico, Alessandra Sampaio. “O instituto nasce de uma grande dor. Não foi a primeira vez que um crime como esse ocorre e, infelizmente, sabemos que não será a última”, disse.

O primeiro projeto do instituto vai ocorrer no Vale do Javari, segundo comunicado à imprensa. A iniciativa trata-se da produção de conteúdo feita por comunidades amazônicas e instituições parceiras.

Instituto com projeto “Amazônia Sua Linda”

Batizado de “Amazônia Sua Linda”, o primeiro projeto da ONG visa ampliar o acesso às informações sobre a Amazônia Legal do Brasil, seus povos indígenas e visões de mundo. O conteúdo estará disponível em uma plataforma educativa gratuita e aberta ao público.

De acordo com o instituto, há o desejo de expandir a iniciativa para outros territórios e comunidades, “garantindo assim a diversidade de vozes e o protagonismo amazônida”.

“O Instituto Dom Phillips vai trazer conteúdo para que as pessoas conheçam o que é a Amazônia, o que ela tem e por que é importante cuidar. Nós, dos povos indígenas do Vale do Javari, agradecemos e esperamos somar a este trabalho em conjunto”, afirmou Bushe Marubo, coordenador da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

O assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira

Em 5 de junho, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados no Vale do Javari, quando se deslocavam para visitar uma equipe de vigilância indígena.

Dez dias após o sumiço, as equipes de buscas, que contavam com apoio de povos indígenas da região, encontraram os corpos esquartejados, carbonizados e enterrados em área de mata fechada — a pouco mais de 1 km da margem do Rio Itacoaí.

Em julho de 2022, o Ministério Público denunciou três pessoas pelos assassinatos de Bruno e Dom. A Justiça Federal em Tabatinga (AM) acatou o pedido e tornou réus três pescadores envolvidos.

Veja quem foi preso:

  • Amarildo da Costa Oliveira;
  • Oseney da Costa de Oliveira;
  • Jefferson da Silva Lima;
  • Ruben Dário da Silva Villar;
  • Jânio Freitas de Souza.

Por Metrópoles

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