A fumaça voltou a encobrir Manaus na manhã desta quinta-feira (16). Em pontos da Zona Centro-Sul da capital, o cheiro de queimado também é forte. Com isso, o ar na cidade voltou a ser considerado péssimo.
Em outubro, a cidade também já havia sido impactada pela fumaça que, segundo o Ibama, era resultado de queimadas que teriam ocorrido na Região Metropolitana da capital. O estado, inclusive, tem o pior índice de incêndios para o mês de outubro dos últimos 25 anos.
A grave crise ambiental enfrentada pelos manauaras também é potencializada pela seca do Rio Negro. O nível do rio que banha a capital do Amazonas chegou a 12 metros, o menor registro em 121 anos de medição. As águas até voltaram a subir, mas o rio vive um processo de “repiquete” e já desceu 21 centímetros em um semana.
As Zonas Sul, Leste e Centro-Sul de Manaus são as mais afetadas pela fumaça. Segundo o aplicativo Selva, desenvolvido por pesquisadores da UEA e que avalia a qualidade do ar, na divisa entre as zonas Sul e Leste, a poluição do ar chegou a 268, quando o aceitável é até 60.
Na Colônia Antônio Aleixo, o índice ficou em 193 e no Morro da Liberdade em 167.
Recentemente, o governo do Amazonas disse que o “fenômeno” era causado pelas queimadas ocasionadas no Pará e também por conta de chuvas baixo da média. No final, de outubro, a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema) afirmou que “a massa de calor sobre Manaus pode continuar a interferir na qualidade do ar para os próximos dias, uma vez que partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições”.
Também em outubro, o Governo do Pará disse que não tinha a confirmação de que a fumaça em Manaus era proveniente do Estado.
Itacoatiara também sofre
Itacoatiara, na Região Metropolitana de Manaus, também enfrenta o problema desde a madrugada desta quinta-feira (15). O problema foi sentido em vários pontos da cidade.
Segundo o Selva, durante a madrugada, a poluição do ar na cidade chegou em 271.
Por g1