A tragédia da chacina no ramal Água Branca, em Manaus, teve um novo capítulo com a decisão da Justiça do Amazonas de afastar 14 policiais militares da Rocam acusados do crime. Além do afastamento, a decisão resultou na perda dos salários, que podiam chegar a R$ 19 mil. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado na terça-feira (21), marcando uma reviravolta no caso que chocou a região.
O juiz de direito Lucas Couto Bezerra, responsável pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, foi quem determinou o afastamento dos PMs de suas funções. Além disso, outras medidas cautelares foram aplicadas, incluindo a suspensão da remuneração, recolhimento de armamentos e materiais bélicos institucionais, carteiras de identidade, fardamentos, portes de armas institucionais, e bloqueio de serviços extra gratificados. O magistrado fundamentou a suspensão salarial com o argumento de que os policiais não estão exercendo funções militares devido ao afastamento do serviço ativo da Polícia Militar do Amazonas.
Embora a decisão tenha sido repassada ao Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas em 13 de novembro de 2023, somente foi publicada no Diário Oficial do Estado na segunda-feira (21). O Comandante-Geral, Marcos Klinger dos Santos Paiva, foi responsável por compartilhar a determinação judicial.
A relação dos 14 policiais militares afastados inclui nomes como o Tenente Thiago Silva Paz de Almeida, o Sargento Charlys Mayzanyel da Ressurreição Braga, entre outros. Todos estão sob a suspensão de suas atividades e enfrentarão as medidas determinadas pela Justiça.
Relembre o caso
A chacina ocorreu em dezembro de 2022, quando quatro vítimas foram encontradas mortas em um carro no ramal Água Branca, na rodovia AM-010. As vítimas, identificadas como Diego Máximo Gemaque, Lilian Daiane Máximo Gemaque, Alexandre do Nascimento Melo e Valéria Pacheco da Silva, foram encontradas com sinais de agressão e ferimentos causados por disparos de arma de fogo. Os policiais envolvidos no crime foram presos em 24 de dezembro do mesmo ano.