Morre Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros, desaparecida após ataques do Hamas em Israel

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Celeste Fishbein, estava desaparecida desde a manhã de sábado (7), quando o Hamas atacou Israel — Foto: Reprodução/Redes Sociais; P Photo/Adel Hana
Celeste Fishbein, estava desaparecida desde a manhã de sábado (7), quando o Hamas atacou Israel — Foto: Reprodução/Redes Sociais; P Photo/Adel Hana

O tio de Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros que havia sido sequestrada pelo Hamas, disse nesta terça-feira (17) que a jovem, que tinha 18 anos, morreu.

“(O exército israelense) avisou a gente que a (minha) sobrinha foi assassinada. Encontraram o corpo dela”, disse Mario Fishbein. Ela é filha e neta de brasileiros.

Os familiares estavam à procura dela desde 7 de outubro, quando Celeste parou de dar notícias, após o atentado do grupo extremista Hamas ao território israelense.

Segundo Mario, representantes do exército israelense foram até a casa da família dar a notícia, mas não informaram outros detalhes, como quando e onde o corpo foi encontrado, nem as circunstâncias em que ela morreu — a família espera que o corpo de Celeste seja liberado nesta terça ou na quarta-feira (18).

Inicialmente, nos dias anteriores, o exército israelense havia informado à família que a jovem foi feita refém em Gaza.

Vítima de terroristas

Celeste foi mais uma vítima de rebeldes do grupo terrorista que invadiram várias casas e levaram cerca de 120 pessoas. Celeste não conseguiu escapar do grupo armado.

Os familiares da jovem tiveram mais sorte. Quando as sirenes soaram, eles, que estavam na casa da avó promovendo uma cerimônia religiosa, foram para um abrigo. E a partir desse momento trocaram mensagens com ela em um grupo da família. Do abrigo, conseguiram ver várias residências sendo invadidas e destruídas.

Inicialmente, Celeste, que estava em casa com o namorado, estava respondendo às mensagens do grupo. Ela, inclusive, quem deu o alerta de que os terroristas estavam disfarçados e invadindo as casas, depois de dizer que estava bem.

“Terroristas do Hamas disfarçados de soldados do exército de Israel estão batendo nas portas. Favor não abrir as portas. Protejam suas vidas. Compartilhem”, disse a mensagem.

A família Fishbein perdeu contato depois do início dos ataques terroristas, que obrigaram todos os moradores das comunidades rurais a se abrigar dentro de bunkers de proteção, uma espécie de abrigo antibombas.

“Celeste ficou com o namorado em Gaza. Eles deixaram de responder as mensagem de celular às 11 horas. E ninguém tem mais notícias”, contou o tio.

Família de judeus brasileiros

Celeste era de uma família de judeus brasileiros que vive em Israel. Ela era babá e trabalhava em um kibutz – pequena comunidade rural – perto da Faixa de Gaza.

A mãe e as avós da jovem, nascidas em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, viviam em outro kibutz na região de Gaza, depois de terem saído do Bom Retiro, na capital paulista, rumo ao Estado de Israel.

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Celeste Fishbein ao lado da mãe e da avó brasileiras, Sarah Fishbein – 94 anos – e Gladys Fishbein. — Foto: Acervo pessoal

Morreu outro filho de brasileiro

O israelense Gavriel Yishay Barel, de 22 anos, filho do brasileiro Jayro Varella Filho, morreu no domingo (15) em função dos ataques do Hamas no sul de Israel. A informação havia sido confirmada pela embaixada brasileira em Israel para a colunista Andréia Sadi.

De acordo com um familiar, Gavriel estava na festa rave Universo Paralello durante o ataque do Hamas, no sábado (7), quando desapareceu.

A família era formada por cinco filhos: Uriel, Abraham e Guittit (gêmeos), Gavriel e Yudah, o caçula. Eles viveram brevemente ao Brasil, quando eram crianças. Gavriel morava com a mãe, em Ashkelon, cidade a menos de 15km da Faixa de Gaza.

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Gavriel Barel, israelense com cidadania brasileira vítima de um dos ataques do Hamas — Foto: Reprodução / Acervo pessoal

Vítimas brasileiras

O governo federal confirmou, até o momento, a morte de três brasileiros em Israel. Todos eles também estavam na festa rave.

Os três brasileiros viviam em Israel há alguns anos, sendo que os dois últimos tinham cidadania israelense:

• Bruna Valeanu, carioca, 22 anos;

• Ranani Nidejelski Glazer, gaúcho, 23 anos;

• Karla Stelzer Mendes, carioca, 42 anos.

Diversos brasileiros estavam no festival de música eletrônica Universo Paralello, atacado no sábado (7) pelo grupo extremista armado Hamas. O ataque deixou mais de 260 mortos apenas na festa.

Por Vera Souto, Alan Severiano e Artur Nicoceli, g1

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