O presidente do Partido Liberal, a sigla de Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, apontou que tanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto Eduardo Bolsonaro (PL) podem ser o nome da direita para 2026. “O primeiro da fila é Tarcísio, mas temos o Eduardo Bolsonaro também”, disse o político em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira,11.
Eduardo Bolsonaro deve desempenhar um papel importante para o partido, segundo o presidente do PL. Costa neto argumentou que é necessário ter alguém com imunidade parlamentar para “defender o partido”. Mas, descartou a possibilidade do filho 03 de Bolsonaro assumir a presidência da sigla. “Precisamos do Eduardo num cargo em que ele possa defender o partido”.
Mesmo com o ex-presidente inelegível até 2030, Valdemar disse acreditar que Bolsonaro pode ser candidato em 2026 e explicou que o partido levará a anistia à pauta do Congresso Nacional. “Quando o Lula estava preso, vocês achavam que ele ia ser candidato?”, perguntou. Para Costa Neto, o bom desempenho do PL até agora nas eleições de 2024 se deve a Bolsonaro.
Mesmo assim, classificou Bolsonaro como “difícil” e disse que só convence o ex-presidente 10% das vezes. “Bolsonaro não é uma pessoa igual a nós. Não tem o nosso comportamento. A cada 10 [questões discutidas], se eu falar muito, eu consigo convencer uma”.
Para o presidente da sigla, o PL é um partido de direita, mas com alguns membros de extrema-direita. “Eu não sou de extrema, sou de direita. Tenho relação com o pessoal do PT, PSB, do PDT”, disse ao explicar que os mais extremistas se recusam a dialogar com outros partidos.
Para Costa Neto, Bolsonaro não precisa mais participar das eleições em São Paulo
Sobre as eleições paulistanas, Costa Neto disse que aposta na transferência dos votos de Pablo Marçal (PRTB) para Ricardo Nunes (MDB). “Não tem como os votos do Marçal não virem para o Nunes. Podem votar em branco ou anular votos, mas ninguém vota no Boulos”, afirmou.
Costa Neto atribui o apoio da direita a Nunes à participação de Bolsonaro no início de sua campanha. Mas afirmou que o presidente não é mais necessário. “A direita hoje se consolidou ao lado de Nunes. Essa eleição, na minha opinião, está tranquila, Bolsonaro já nem precisa trabalhar mais”, argumenta.
Por ESTADÃO