Uma operação conduzida pela Polícia Federal (PF) na manhã de sexta-feira (18/8) resultou na prisão do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira, e de outros oficiais denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro deste ano.
A ação teve como objetivo responsabilizar os sete nomes denunciados por omissão nos eventos de depredação dos prédios dos Três Poderes, que chocaram o país naquela data.
De acordo com as informações trazidas à luz pelo METROPOLIS na noite de quinta-feira, 17 de agosto de 2023, a PGR emitiu os pedidos de prisão e também denunciou os investigados ao Supremo Tribunal Federal (STF), marcando mais um capítulo importante no desdobramento desse caso que impactou a nação.
Os oficiais em questão exerciam posições-chave na cúpula da PMDF durante os eventos de janeiro. Segundo a PGR, eles foram acusados de omissão ao não agirem para conter os manifestantes e evitar a depredação dos prédios públicos.
A contaminação ideológica dos oficiais com teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e golpes de Estado também foi mencionada nas denúncias.
O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto e o major Flávio Silvestre de Alencar foram detidos durante a operação, enquanto a Procuradoria-Geral da República requisitou a manutenção da prisão.
O METROPOLIS destaca a importância desse desdobramento, que demonstra o compromisso com a responsabilização dos envolvidos e a busca pela verdade. A PGR ressaltou que os oficiais receberam informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento extremista antes dos eventos de 8 de janeiro. As acusações abrangem desde omissão até dano qualificado pela violência e grave ameaça, revelando a gravidade das ações imputadas aos militares.