Por unanimidade, STF decide tornar réus os acusados de mandar matar Marielle

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Com isso, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa responderão a uma ação penal pelo assassinato de Marielle - (crédito: Mário Vasconcellos/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP)
Com isso, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa responderão a uma ação penal pelo assassinato de Marielle - (crédito: Mário Vasconcellos/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP)

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na tarde desta terça-feira (18/6), tornar réus os cinco suspeitos de serem os mandantes do assassinado da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino seguiram integralmente o relatório apresentado por Alexandre de Moraes — que acatou a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Com isso, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa responderão a uma ação penal pelos crimes. 

Além dos três, mais dois acusados também foram julgados. Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como major Ronald, foi denunciado pelo homicídio. Segundo a acusação, ele monitorou a rotina da vereadora antes do crime. Robson Calixto Fonseca, o Peixe, foi denunciado por organização criminosa. Ex-assessor de Domingos Brazão no Tribunal de Contas do Estado (TCE), ele é suspeito de ter fornecido a arma usada no crime.

Segundo Moraes, foram preenchidos todos os requisitos legais para tornar os envolvidos em réus, que vão além da delação do ex-policial militar Ronnie Lessa. 

“Há a presença de justa causa pelo recebimento da denúncia porque a colaboração premiada foi corroborada por outros elementos probatórios que trazem indícios suficientes de autoria necessários para esse momento de cognição sumária do recebimento da denúncia”, disse o magistrado. 

No seu voto, Moraes negou a tese da defesa de Rivaldo Barbosa de que ele deveria ser julgado na Justiça comum. O crime segue sob a jurisdição do Supremo devido ao envolvimento de figuras públicas com foro privilegiado.

O magistrado também afastou o pedido de suspeição de Flávio Dino — que era ministro da Justiça quando a Polícia Federal decidiu começar a investigar o caso, em 2023.

Por Correio Braziliense

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