Preços da gasolina e diesel no Amazonas não baixam: Impactos da privatização da Reman

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Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, foi vendida pela Petrobras para a empresa Atem O negócio envolveu 257,2 milhões de dólares –cerca de R$ 1,3 bilhão.- Divulgação/Petrobras
Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, foi vendida pela Petrobras para a empresa Atem O negócio envolveu 257,2 milhões de dólares –cerca de R$ 1,3 bilhão.- Divulgação/Petrobras

Ah, a velha pergunta sobre por que os preços da gasolina e do diesel estão nas alturas no Amazonas, né? Vamos dar uma olhada mais de perto nesse mistério e entender como a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) em Manaus bagunçou os preços dos combustíveis em todo o imenso estado que reúne 62 municípios.

Olha só, essa venda da Reman rolou em 30 de novembro de 2022, só um pouquinho antes de o presidente Jair Bolsonaro dar tchauzinho no dia 31 de dezembro do mesmo ano. Mas olha o plot twist ou seja a reviravolta do enredo: essa jogada toda foi contra o conselho da galera que tava preparando o terreno pro presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A jogada envolveu a empresa Atem’s Distribuidora de Petróleo S.A. (Atem), com uma graninha de mais ou menos 257,2 milhões de dólares, o que dá uns R$ 1,3 bilhão mais ou menos.

A Reman é a única refinaria grandona na área, o que quer dizer que eles têm meio que um monopólio na região quando o assunto é gasolina e diesel, não só pro Amazonas, mas também pros estados vizinhos.

Na época da venda, o economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social do Petróleo (OSP), jogou a real através de análises na imprensa, de que essa venda teria um impacto direto nos preços da gasolina e do diesel pros consumidores amazonenses. E já teve um cenário parecido depois que a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) na Bahia foi privatizada em 2021.

O Dantas também previu que a venda da Reman deu um controle quase absoluto de fornecimento de combustíveis pra Atem. E adivinha? Esse controle todo resultou em um aumento no preço dos combustíveis pra galera do Amazonas. Ou não seguir as normas da Petrobras, no atual cenário do Lula.

A Petrobras, por outro lado, sabe, comunicou que esse rolo de vender a Reman começou lá em junho de 2019 e que o contrato foi assinado todo bonitinho em agosto de 2021, seguindo cada protocolo da Sistemática de Desinvestimentos da companhia, com carimbo de aprovação de todo mundo na governança corporativa. A Petrobras também faz questão de dizer que essa venda “tá de boa” com o acordo que fechou no governo Bolsonaro com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pra abrir as portas do setor de refino no Brasil. Mas todo esse processo começou mesmo na época do Temer. O Bolsonaro só agilizou e executou.

Pra resumir a treta, a venda da Reman e a parada de ter um lugar só pra comprar gasolina e diesel meio que tão fazendo os preços ficarem nas alturas no Amazonas. Aqui no Amazonas não cai de jeito nenhum o preço. Mesmo rolando todas as mudanças de política e economia no país, e isso só reforça como é importante entender as consequências disso pro dia a dia do pessoal.

PAM1.COM.BR

(92) 991542015

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