Presidente Lula sanciona Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados

Sanção presidencial valoriza o compromisso com a gestão fiscal responsável. Equacionar dívidas de maneira negociada e paulatina é criar condições estruturais para melhoria da infraestrutura, segurança pública e educação

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Lula e o ministro Fernando Haddad com o governador do Rio, Cláudio Castro, debatem a questão da dívida - 20/03/2024 - Ricardo Stuckert/PR
Lula e o ministro Fernando Haddad com o governador do Rio, Cláudio Castro, debatem a questão da dívida - 20/03/2024 - Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula sancionou, em partes, o Projeto de Lei Complementar que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O programa visa revisar os termos das dívidas dos Estados e do Distrito Federal com a União, firmadas no âmbito de diversas leis e medidas provisórias anteriores. A lei foi publicada na edição de terça-feira (14/1) do Diário Oficial da União (DOU).

O Propag prevê descontos nos juros e parcelamento do saldo das dívidas em até 30 anos, além de criar um fundo de equalização federativa para compensar os estados em boa situação fiscal. O objetivo é criar condições estruturais para o aumento da produtividade, enfrentamento das mudanças climáticas, melhoria da infraestrutura, segurança pública e educação, especialmente na formação profissional.

Os estados poderão quitar parte das dívidas transferindo bens móveis ou imóveis, participações societárias, créditos com o setor privado e outros ativos para a União. As parcelas mensais serão calculadas e corrigidas mensalmente, com possibilidade de amortizações extraordinárias e redução dos valores das parcelas nos primeiros cinco anos.

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Haddad e governadores debatem dívidas com a União, em março de 2024. Foto: Diogo Zacarias/MF

Durante a vigência do contrato, será proibida a contratação de novas operações de crédito para o pagamento das parcelas refinanciadas, sob pena de desligamento do programa. O prazo limite para adesão dos estados ao Propag é 31 de dezembro de 2025.

Compromisso

Apesar da boa intenção dos legisladores, o presidente vetou dispositivos que poderiam impactar o resultado primário e ampliar o impacto fiscal do programa para a União, reduzindo os incentivos para uma gestão fiscal responsável e sustentável.

A sanção presidencial reforça o compromisso com a solução das dívidas dos estados, possibilitando a redução dos juros, o alongamento da dívida e o uso de ativos para abatimento dos débitos, incentivando uma gestão fiscal responsável e investimentos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país.

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