Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu posta fotos de bebês mortos pelo Hamas

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Post da conta do premiê de Israel tem aviso de conteúdo sensível. Na publicação, borrada por completo pelo g1, apenas o rosto da criança à esquerda aparece borrado. — Foto: Reprodução/Twitter Primeiro-ministro de Israel
Post da conta do premiê de Israel tem aviso de conteúdo sensível. Na publicação, borrada por completo pelo g1, apenas o rosto da criança à esquerda aparece borrado. — Foto: Reprodução/Twitter Primeiro-ministro de Israel

O gabinete de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, postou na rede social X (ex-Twitter) nesta quinta-feira (12) três fotos de bebês mortos em ataques do Hamas. Dois deles estão carbonizados.

Essas e outras imagens foram mostradas para o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que está em Israel, e para os ministros da Defesa de países da Otan, durante reunião com Netanyahu nesta quinta.

“É simplesmente depravação da pior maneira imaginável”, disse Blinken, após a reunião. “As imagens valem mais que mil palavras. Essas imagens podem valer um milhão.”

O post diz: “Aqui estão algumas das fotos que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostrou ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Aviso: Estas são fotos horríveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas”, diz a postagem. “O Hamas é desumano. Hamas é ISIS [Estado Islâmico].”

A Casa Branca disse não ter motivos para duvidar da autenticidade das imagens. A Reuters afirmou que não conseguiu verificar a autenticidade do material de forma independente.

O que aconteceu até agora?

▶️ Como foi o ataque? No sábado (7), o grupo terrorista Hamas, baseado na Faixa de Gaza, atacou o Israel, lançando 5 mil foguetes.

• Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país.

• Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.

▶️ Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação e bloqueou as fronteiras da Faixa de Gaza, impedindo a entrada de alimentos, eletricidade, água e combustível.

• “Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque.

• “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.

• “Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.

• O ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou na segunda-feira (9) que Gaza “não receberia eletricidade, nem alimentos, nem água, nem combustível”. As fronteiras da Faixa de Gaza foram bloqueadas.

▶️ Qual o cenário desde então? Os ataques continuam a partir dos dois lados.

• Centenas de estrangeiros que moram em Israel estão sendo repatriados para seus respectivos países.

• Síria e Líbano disseram terem sido bombardeados por Israel.

• Israel disse ter sido atacado a partir da Síria e do Líbano.

▶️ Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã de quarta-feira, que mais de 2.700 pessoas morreram. A ONU estima que mais de 338 mil pessoas foram deslocadas em Gaza desde sábado (7).

▶️ O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.

• Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km².

• Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²).

• Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.

▶️ Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.

Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.

Por g1

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